Áreas de Atuação

Psicoterapia infantil (Ludoterapia):



A psicoterapia infantil é uma prática bastante usual na psicologia que objetiva favorecer o bem-estar e a qualidade de vida da criança e de sua família. Essa prática também é útil na prevenção de problemas familiares e infantis, na redução de dificuldades já instaladas na família e na criança.
De um modo geral, os pais ou os professores procuram um psicólogo quando a criança apresenta algum comportamento não usual que gera preocupação, como por exemplo: bater, morder, chutar ou empurrar pessoas, destruir objetos, roubar e mentir em excesso, não obedecer; Ou quando a criança é muita quieta, tem dificuldades pra fazer amigos, é muito tímida ou parece triste; Ou tem dificuldades de aprendizagem e de atenção.  Além disso, também chama à atenção aquelas crianças que apresentam sintomas físicos recorrentes sem explicação médica.
A psicoterapia infantil ajuda aos pais a observarem os comportamentos dos filhos a fim de que possam identificar se estes são adaptativos ou não. E ao longo do processo psicoterápico, os pais aprendem a identificar as dificuldades de seus filhos e também suas potencialidades.
Na psicoterapia infantil são utilizados jogos, brinquedos, recursos gráficos e artísticos, de acordo com a idade da criança que a possibilite expressar conteúdos de seu mundo interno, sentimentos, conflitos e medos. O terapeuta oferece à criança um ambiente seguro e favorável ao desenvolvimento do seu potencial de modo que as emoções expressas são trabalhadas em parceria com os pais que atuam ativamente nesse processo e encontram na terapia orientações sobre maneiras alternativas de lidar com as dificuldades vivenciadas.


Psicodiagnóstico



O Psicodiagnóstico é um procedimento científico, de tempo limitado, que utiliza testes psicológicos de forma individual ou coletiva, a fim de compreender determinado problema a luz de pressupostos teóricos, bem como identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, além de sugerir soluções, comunicando os resultados ao solicitante (Cunha, 2000).
Esse processo científico enfatiza a investigação de algum aspecto em particular de determinado sujeito - seja ele criança, adolescente, adulto ou idoso - no seu respectivo contexto de vida, segundo a sintomatologia apresentada e suas respectivas especificidades.
O elenco de instrumentos psicológicos utilizado é bastante variado, incluindo testes psicológicos, questionários, entrevistas, observações situacionais, dentre outros (resolução do CFP Nº 012/00).


Psicoterapia com adolescentes



A Psicoterapia do adolescente apresenta características peculiares. Nessa etapa, o adolescente está passando por constantes modificações, além de enfrentar identificações transitórias e um imenso trabalho do ego. Ele está em um momento tumultuado com inúmeras identificações transitórias; passando por um momento de luto: luto pelo corpo infantil, pelos pais da infância e pelo papel e identidade infantil. Todo esse trabalho exige do psicólogo uma atenta compreensão e uma técnica específica na psicoterapia.
Segundo Erikson, a tarefa principal da adolescência é o estabelecimento de uma identidade. E é a adolescência que prepara o jovem para a fase adulta. Assim, uma intervenção nesse período é de extrema relevância para o desenvolvimento saudável do adolescente.
Nessa etapa, a psicoterapia conta com o empenho dos pais objetivando a obtenção de dados a respeito do motivo da consulta, da situação de vida atual e da história passada e familiar do adolescente. Bem como, fornece orientações referentes às dificuldades vivenciadas.

Algumas dificuldades sinalizam aos pais que é hora de buscar ajuda:
Quando surgem dificuldades relacionadas com o desempenho escolar;
Quando surgem dificuldades relacionadas com o corpo e a imagem escolar;
Quando surgem dificuldades relacionadas com a alimentação;
Quando surgem dificuldades relacionadas com a formação da identidade;
Quando surgem dificuldades relacionadas com a sexualidade;
Quando surgem dificuldades relacionadas a comportamentos disruptivos e agressividade;
Quando surgem dificuldades na vida familiar;
Problemas depressivos e ansiosos;
Problemas com a interação no grupo de amigos.


Psicoterapia com adultos



Na vida adulta aprendemos a lidar com realidades nunca antes enfrentadas que estão cada dia sendo mais estressantes e que podem trazer um grande dano se o indivíduo não estiver preparado para essas novas demandas.
As exigências do mundo moderno fazem com que muitas pessoas não consigam ter uma saúde psicológica bem adaptada e, eventualmente, esbarrem em dificuldades que a ajuda profissional de um psicólogo clínico é de grande valia na superação de eventos de ordem emocional, comportamental e/ou cognitiva.
Dentre outras coisas é exatamente nessa fase que, em geral, as pessoas começam a formar família, com casamentos e nascimentos de filhos, entrar totalmente no mundo do trabalho, enfim, é quando a outrora imaginária responsabilidade da vida adulta lhes recai sobre os ombros com força total e o real lhes choca. É justamente nesse ponto que se precisa de mais saúde psíquica, saúde essa que pode ser mantida, aumentada ou restaurada com a ajuda da psicologia clínica.


Psicoterapia com idosos



“Os idosos são uma camada da população que tem sido objeto de crescente interesse na atualidade, não só pelo aumento de idosos, mas também por sua maior visibilidade social. Embora ocorra o envelhecimento do corpo, a vitalidade psíquica costuma manter-se, o que torna possível a abordagem psicoterápica desses pacientes quando ocorrem situações de sofrimento emocional” (Cordioli, 2008, p. 792)
Nessa etapa do ciclo vital ocorrem perdas inerentes que podem ser vividas de forma dasadaptada, causando assim perda da autoestima, depressão, desespero e isolamento. O que sinalizam a necessidade de se buscar ajuda profissional.
Entre elas temos:
Perda da saúde física;
Diminuição das capacidades;
Perda de companhia (os filhos saem de casa, morte de amigos, o que gera sentimento de solidão);
Perda do cônjuge;
Perda do trabalho (aposentadoria);
Declínio do padrão de vida;
Diminuição das responsabilidades;
Perda de papéis.
Orientação vocacional  



Cada vez mais cedo os jovens são colocados frente a uma escolha de grande importância para suas vidas: a escolha da profissão. Da mesma forma, muitas pessoas mudam de profissão e é necessário que essa mudança seja feita de forma psicologicamente saudável.
Muito mais que simplesmente dizer qual profissão se deve seguir, a Orientação vocacional é um processo de autoconhecimento, conhecimento do campo e conhecimento das motivações, que possibilita uma escolha com um grau muito maior de segurança na profissão ou ocupação que se vai escolher seja frente à escolha do curso para o vestibular, a um concurso público ou a uma possível nova vaga de emprego.
Entendendo o trabalho como um formador da psique humana, a orientação vocacional feita por um profissional psicólogo é dotada de mais do que testes, é um processo no qual, ao final, o cliente estará muito mais apto a fazer essa escolha tão importante para sua vida.



Psicoterapia Familiar


A Terapia Familiar consiste em uma abordagem terapêutica alternativa às limitações impostas pelas formas mais tradicionais de psicoterapia. É uma abordagem que trabalha com a família ou o casal em conjunto, observando os sintomas apresentados por seus membros como parte do sistema de interação desenvolvidos dentro de uma família. Desse modo, os relacionamentos familiares são considerados como um fator determinante para a saúde mental e os problemas familiares são vistos mais como um resultado das interações sistêmicas, do que como uma uma característica particular de um indivíduo.
Num grupo familiar disfuncional os modos de interação entre seus membros vão se cristalizando, quer na forma de distanciamento, ou de excessiva interferência na vida uns dos outros, formando alianças entre alguns membros, deixando outros periféricos, ou transformando outros em bodes expiatórios (geralmente a criança). Sintomas como baixo rendimento na escola, agressividade, depressão, que  geralmente  são vistos como próprios da pessoa sintomática, não pode ser vista  como um caso isolado. A sintomatologia pois, na Terapia Familiar Sistêmica  deverá  ser  compreendida como tendo tanto uma função individual como social no grupo familiar e constituem-se numa denúncia de que algo vai mal nesse grupo. 
Os terapeutas familiares visam identificar assim os padrões disfuncionais existentes e orientam o seu foco de intervenção para além da identificação das suas causalidades( o porquê), tentando introduzir mudanças na forma como eles sustentam um problema(o como). O passado então é abandonado como questão central, pois o foco de atenção é o modo relacional adotado no momento atual.